Débora de Marco
Textos
O desafio é maior que imaginamos

Dizem que o que diferencia os animais dos homens é a inteligência, a capacidade de raciocinar, a forma como nos comportamos.... Só que em algumas situações fica muito difícil saber quem são os animais! Por tantos acontecimentos dos últimos dias, busco por respostas: tanto da parte de quem cometeu o ato cruel e desumano, quanto da parte dos que querem fazer justiça com as próprias mãos, me pergunto: quem somos no meio desse turbilhão de sentimentos que nos envolvem?
Quais valores são realmente importantes?
A morte tão trágica da cachorrinha me fez pensar que o mundo inteiro pode se unir... Não para desejar mal a alguém, por pior que tenha sido a violência, mas para que aprendamos uns com os outros e que no dia a dia possamos gentilmente educar os nossos sentimentos.
Acredito, que deixar de comprar no hipermercado em questão não vai fazer com que a violência contra os animais termine no mundo inteiro; o que vai fazer a violência deixar de existir contra quem quer que seja, é a maneira como somos educados e como colocamos em prática a educação que recebemos.
Vale lembrar dos outros seres como (Porcos, frangos, bois etc...) Muitos, também morrem de maneira desumana e quando vão parar em nosso prato como alimento, não escorre nenhuma lágrima ou qualquer outro sentimento que não seja o prazer por comer. Esse pensamento, não é para que nos tornemos veganos, é apenas para fazer pensar em quantas coisas passam despercebidas por nós a todo instante...
Vejamos mais um exemplo: Muitos de nós, provavelmente sem saber das consequências, já jogamos resíduos plásticos na água; nós nem imaginamos quantos animais possam já ter perdido a vida com essa nossa atitude, pois não é só o nosso lixo que foi jogado, é o nosso e de tantos outros...
Nessa semana vi essa notícia: “Lacre plástico faz golfinho morrer de fome no litoral de São Paulo” e outra reportagem há algum tempo atrás também me deixou muito triste: “É comum encontrarmos tartarugas marinhas machucadas, mas geralmente é por causa de arpões ou redes de pesca, ou ainda mordidas de tubarões, mas nunca havia visto um canudo preso no nariz de uma delas. Ficamos muito chocados quando percebemos o tanto de dor que ela sentia[...] Não é possível afirmar se o animal morreria por conta do fragmento. É possível que o animal desenvolvesse algum tipo de infecção que comprometesse sua qualidade de vida, caso o fragmento permanecesse em sua narina [...]” Quando situações assim acontecem, muitos dizem: “Tomara que quem fez isso morra” e nem paramos para pensar que, pode ter sido o lixo que jogamos em local inapropriado o causador da morte deles. Todo tipo de violência deveria causar horror, seja uma violência direta ou indireta, mas compreendo que uns aprendem a amar outros a odiar e que um dia, dando um passo de cada vez, todos nós alcançaremos a serenidade que precisamos para viver em paz e em harmonia...
Que as comoções que nos envolvem nos façam sentir um amor profundo pelo próximo, nos permitindo sempre sermos pessoas boas em qualquer circunstância.
As leis que protegem os animais são brandas, mas podem evoluir. Então ao invés de espalharmos ódio por aí de forma consciente ou não, há muito trabalho a ser feito!
Que façamos sempre o que está ao nosso alcance; seja uma manifestação pacífica, colocar nossa assinatura em um abaixo assinado, uma denúncia anônima ou uma simples e sincera prece pela humanidade e que todas as justiças sejam feitas (Seja para humanos ou animais) sem que nós sejamos os autores de ainda mais violência, tanto na maneira de pensar, sentir ou agir.
Nem sempre é fácil, mas podemos tentar!
Perde-se toda a razão quando devolvemos o mal que recebemos com uma maldade pior...
Lançado o desafio para todos nós...
Débora de Marco
Enviado por Débora de Marco em 10/12/2018
Alterado em 25/03/2021
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